quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ser e estar.


Tentamos ser mais do que apenas mais um ser humano entre milhares de sua espécie, reagindo a sua própria forma e na falha tentativa de se diferenciar. Erramos, amamos, choramos e magoamos uns aos outros. Nossa existência é dada como premiação de sobrevivência entre esse cenário de múltiplas realidades e sentimentos, mas no meio desse universo turbulento achamos em uma pessoa aquilo que mais queremos.
Sentimos a nossa respiração acelerar, como se o sangue em nosso corpo vibrasse em uma súbita reação vivaz. Como se cada célula gritasse por liberdade, ao mesmo tempo aspirando a sua presencia, da unica pessoa que é capaz de fazê-las todas acalmarem-se, embalando-as em um sono frágil, capaz de quebrar-se a qualquer instante. Tememos o fim, negamos o final, cegamos-nos com a eternidade. Somos reféns dos nossos próprios atos e reações, a mercê de suas consequências.
Hesitamos nos entregar, como atestado de autonomia de sí próprio, hesitamos em amar, como segurança de que não nos magoaremos. E vagamos em tempo indeterminado em nossas dúvidas e certezas, com o pretexto de tentar fazer a coisa certa.

2 comentários:

  1. Eu acho que geralmente não achamos na pessoa isso, mas naquilo, que de nós mesmos, depositamos nelas...
    Feliz é quem consegue achar isso noutra, tendo prazer com ela, sem tentar adivinhar/controlar seus passos...

    ''O pretexto de tentar fazer a coisa certa''. com esse pretexto, fizemos várias besteiras...com a ajuda de uma outra frase que os fins justificam os meios...ou seja...não importa qtas pessoas ferimos nos nossos relacionamentos, se algum dia, encontrarmos alguem que realmente nos faça feliz...puta egoismo...
    Um abraço querida...

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  2. Somos mt egocentricos, pensando sempre em sí mesmo, mesmo tendo a consiciencia que isso é horrivel para nós mesmo... Um abraço queriido, obrigada por estar sempre presente no Fronemofobia,

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